Habitação unifamiliar
Refojos – Cabeceiras de Basto
Início do projecto: 2001
Final da Obra: 2005
Memória do existente
O projecto concretiza um programa de uma habitação unifamiliar numa quinta existente, onde se situam diversas construções de apoio à actividade agrícola, parcialmente desactivadas.
No exacto sitio onde se implanta a habitação existia uma outra com dimensões exactamente iguais à proposta, tanto pela mancha de implantação como pela volumetria, com a particularidade de se relacionar com o terreno através da existência de sete níveis interiores distintos. Estes sete níveis permitiam à casa relacionar-se directamente com as diversas cotas do terreno envolvente, mantendo uma relação directa com o mesmo, à excepção do último piso.
No projecto desenvolvido, como não era possível recuperar a casa existente dado o seu avançado estado de degradação, optou-se por recuperar a relação morfológica existente entre a primeira habitação e o terreno envolvente.
Desta forma a proposta organiza-se segundo dois corpos formando um L, um deles voltado a nascente, o outro a sul. No corpo voltado a nascente situam-se três dos sete níveis, no corpo voltado a sul os restantes quatro níveis. Tal como na habitação anterior, apenas o piso superior do corpo voltado a nascente não têm acesso directo ao exterior. Todos os restantes têm acesso de nível ás áreas exteriores envolventes.
Na união entre os dois corpos foi proposto um elevador de modo a permitir um acesso a todos os pisos habitáveis por cadeira de rodas. Este elemento, de características verticais, por percorrer neste sentido todos os espaços propostos foi também definido para funcionar como entrada de luz no interior da habitação.
Em todos os espaços habitáveis definidos foi valorizada a relação visual com a envolvente, bem como o prolongamento dos espaços habitáveis para o exterior através de varandas e terraços em estrados de madeira.
Ficha técnica:
Arquitectura: Nuno Pereira da Silva, Arq.
Colaboradores: Frederico Ferreira, Marcelo Novais
Estabilidade e hidráulica: Luis Monteiro Barros, eng. civil
Infra-estruturas eléctricas: Apótema